O Pelourinho

terça-feira, 14 de setembro de 2010 20:37 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 0 comentários
Ruas estreitas, calçadas com paralelepípedos, sobrados coloridos, construções seculares de traços do barroco português, gente simples, que já foi marginalizada pela história, mas hoje é um dos centros históricos mais importantes do Brasil. Na década de 60 o Pelourinho começou a sofrer com o caos econômico. Hoje, restaurado e tendo sua importância resgatada pelo Governo do Estado da Bahia, que tinha sede do Governo do Estado nessa localidade, é um dos principais pontos turísticos e um dos maiores patrimônios históricos e culturais brasileiros.
Em tempos distantes, a palavra "pelourinho" identificava o lugar dos engenhos reservados para castigar os escravos. O que é atualmente um local rico em costumes culturais, pólo musical e do artesanato baiano, também serviu para esta triste finalidade. Lá, os senhores de engenho castigavam publicamente os seus escravos, dando ao povo uma prova de poder.

O Candomblé e a Umbanda

19:58 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 0 comentários
Principais religiões afro-brasileiras são o candomblé e a umbanda tendo forte penetração no país, especialmente em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e na Bahia. Estudiosos dessas religiões estimam que quase um terço da população brasileira freqüenta um centro.


Candomblé - As cerimônias ocorrem em templos chamados territórios. Sua preparação é fechada e envolve muitas vezes o sacrifício de pequenos animais. São celebrados em língua africana e marcadas por cantos e o ritmo dos atabaques (tambores), que variam segundo o orixá homenageado. No Brasil, a religião cultua apenas 16 dos mais de 300 orixás existentes na África Ocidental.


Umbanda - Religião brasileira nascida no Rio de Janeiro, nos anos 20, da mistura de crenças e rituais africanos e europeus. As raízes umbandistas encontram-se em duas religiões trazidas da África pelos escravos: a cabula, dos bantos, e o candomblé, na nação nagô. A umbanda considera o universo povoado de entidades espirituais, os guias, que entram em contato com os homens por intermédio de um iniciado (o médium), que os incorpora. Tais guias se apresentam por meio de figuras como o caboclo, o preto-velho e a pomba-gira. Os elementos africanos misturam-se ao catolicismo, criando a identificação de orixás com santos. Outra influência é o espiritismo kardecista, que acredita na possibilidade de contato entre vivos e mortos e na evolução espiritual após sucessivas vidas na Terra. Incorpora ainda ritos indígenas e práticas mágicas européias. Religião afro-brasileira que cultua os orixás, deuses das nações africanas de língua ioruba dotados de sentimentos humanos como ciúme e vaidade. O candomblé chegou ao Brasil entre os séculos XVI e XIX com o tráfico de escravos negros da África Ocidental. Sofreu grande repressão dos colonizadores portugueses, que o consideravam feitiçaria. Para sobreviver às perseguições, os adeptos passaram a associar os orixás aos santos católicos, no sincretismo religioso. Por exemplo, Iemanjá é associada a Nossa Senhora da Conceição; Iansã, a Santa Bárbara, etc.

Copa do Mundo 2010

19:25 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 0 comentários
No ano de 2010, ano de Copa do Mundo, a mídia se focou na África do Sul, país que cediou a mesma. A partir daí, a cultura africana foi vista por povos de todo o mundo, principalmente a parte cultural, a parte alegre, sem a fome, sem a miséria. Justamente por não ser um país desenvolvido muitos não esperavam que pudessem fazer tanto como fizeram.
Apesar de ter sido a copa que contou com menos turistas para assistir os jogos, isso é um grande avanço para a população africana e eles sabem disso.
A música tema da copa foi gravada por Shakira, com nome Waka Waka.


Ver mais: Tradução

Receitas: Vatapá

19:07 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 2 comentários

Ingredientes:
- 70g de camarão seco defumado
- 250g de postas de peixe branco
- ½ cebola cortada em rodelas
 - 1 tomate sem pele cortado em cubos
- 2 colheres (chá) de coentro empPó 
- ½ xícara (chá) de pimentão verde
-  1 colher (chá) de pimenta calabresa em flocos
- 20 mL de suco de limão
- 3 colheres (sopa) de azeite de dendê
- ½ xícara (chá) de castanha de caju torrada
- ½ xícara (chá) de amendoim descascado
- 1 colher (chá) de gengibre ralado
- 2 unidades de pão de forma sem casca
- ½ xícara (chá) de leite de coco
- ½ xícara (chá) de água
- Sal e pimenta do reino preta a gosto



Modo de preparo:
Deixe o camarão de molho até dessalgar. Torre o amendoim e retire a pele, tempere as postas de peixe com sal e pimenta do reino e reserve. Em outra panela, refogue a cebola, o tomate, o coentro em pó e o pimentão na metade do azeite de dendê, acrescente as postas por cima do refogado e deixe cozinhar por mais 5 minutos. Em seguida, salpique com pimenta calabresa, regue com suco de limão e a outra metade do azeite de dendê. Tampe a panela, leve ao fogo médio e cozinhe até que fique macio, retire do fogo e separe as postas do molho. Corte as postas em pedaços pequenos e reserve, misture ao molho o camarão seco, a castanha de caju, o amendoim e o gengibre, coloque no processador sem moer muito.

Receitas: Acarajé

18:57 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 0 comentários

Ingredientes:
- 500 g de feijão fradinho cru
- 500 g de cebola
- Sal a gosto
- 1 cebola pequena com casca
- 500 ml de óleo
- 500 ml de azeite de dendê
- 2 xícaras de chá de vatapá
- 150 g de camarão seco


Modo de preparo:
Coloque os feijões inteiros num processador de alimentos e bata por alguns segundos para quebrar os grãos com cuidado para não esmigalhar. Coloque-os num recipiente e cubra com água, deixe de molho por no mínimo 12 horas. Agite os feijões com uma colher e com uma peneirinha vá retirando todas as cascas que se desprendem dos feijões, depois de retirar as cascas, lave os feijões sob a água corrente e retire o olhinho. e reserve. Descasque as cebolas, corte em pedaços e reserve. Num processador, coloque os feijões e as cebolas, bata por 3 minutos, ou até obter uma pasta lisa e uniforme, retire toda a pasta do processador e coloque dentro de uma panela grande e funda. Com uma colher de pau, bata a massa do acarajé até que a massa triplique de volume, esse processo é bastante demorado mas é importantíssimo para a fermentação. Coloque o óleo, o azeite de dendê, e a cebola com casca numa panela média e leve ao fogo alto para esquentar. Com duas colheres de sopa, modele os acarajés: encha uma das colheres com a massa, passe de uma colher para a outra até que a massa fique com formato de bolinho. Coloque os bolinhos no óleo bem quente e frite por 3 minutos de um lado, com uma escumadeira, vire os bolinhos e deixe fritar até que fiquem dourados. Regule a temperatura do óleo e se for necessário, abaixe a chama do fogo para que o óleo não queime. Retire os bolinhos com uma escumadeira e coloque sobre papel absorvente. Corte os bolinhos ao meio e recheie com vatapá, coloque o camarão seco dentro do acarajé e feche. Sirva a seguir.

Receitas: Moqueca de peixe

18:44 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 0 comentários
Ingredientes:
- 4 postas de cação ou garoupa (700 gramas)
- Suco de 1 limão
- 1 cebola grande cortada em rodelas
- 1 pimentão vermelho cortado em rodelas
- 1 pimentão verde cortado em rodelas
- 2 tomates maduros cortados em rodelas
- 2 colheres (sopa) de coentro picado
- 200 ml de leite de coco
- 1 colher (sopa) de azeite-de-dendê
- 2 tabletes de caldo de camarão


Modo de preparo:
Lave bem o peixe, regue-o com o suco de limão e deixe tomar gosto por cerca de 1 hora, numa panela grande arrume o peixe, a cebola, os pimentões e os tomates. Polvilhe o coentro, esfarele os tabletes de caldo de camarão, misture-os ao leite de coco e regue o peixe. Leve ao fogo baixo, com a panela parcialmente tampada, por 20 minutos e de vez em quando mexa com cuidado (para não quebrar o peixe). Junte o azeite-de-dendê, prove os temperos e adicione sal, se preciso. Retire do fogo e sirva

Na cozinha

segunda-feira, 13 de setembro de 2010 21:06 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 0 comentários
Fubá de Milho com ingredientes tipicamente africanos
A cozinha brasileira deriva em grande parte da cozinha africana, mesclada com elementos da cozinha indígena e portuguesa. Na Bahia, principalmente, pratos como milho, cuscuz vatapá, acarajé e moqueca são típicos da culinária afro-brasileira. Na África, a carne era predominante da caça (antílopes, gazelas, búfalos e aves). Os alimentos eram preparados assados, tostados ou cozidos. Como tempero utilizava-se pimentas e óleos vegetais como o  azeite-de-dendê.
O azeite-de-dendê, óleo originado de uma palmeira trazida ao Brasil em tempos coloniais, o jiló, a banana, a melancia e o leite de coco também são influências negras.
A feijoada é o prato nacional do Brasil e começou com um prato português que os escravos negros modificaram: os donos de escravos davam as partes pobres do porco aos escravos e estes misturavam estas partes com feijão e farinha.

Dança e cultura

21:02 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 0 comentários

Samba-de-roda, capoeira, maculelê e lambada

 A dança brasileira originada apartir de influências africanas, é chamada de dança afro-brasileira. A principal caracteristica é a descontração e a espontaneidade pessoal e individual de quem o pratica, não havendo que seguir uma técnica restrita e sim o sentimento que o move. Em outras palavras, a dança africana foi recriada no Brasil, ganhando diferentes significados e expressões. A capoeira, por exemplo, diante de um contexto pode ser vista como uma arte macial, em outro, pode ser vista como uma dança. Mas, em geral, a maioria das danças possuem uma capacidade enorme de improvisação, desde a fabricação dos intrumentos, até não precisar dançar em um lugar especifico, podendo ser desde uma praia ao meio da rua. O maculelê, o samba-de-roda, o kuduro, a lambada e o maxixe, também são danças africanas. Todas, sem excessões, são danças lindas de se ver, sendo muitas vezes discriminadas ou até mesmo desconhecidas. O que esse tipo de dança precisa é ser valorizada, pois, é uma parte da nossa história e, principalmente, da nossa cultura.


Ritmos, uma arte

20:47 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 0 comentários
Tambores
Berimbau











       A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura da música portuguesa, indígena e africana, produzindo uma grande variedade de estilos. Entre os estilos influenciados, temos: Samba, Maracatu, Ijexá, Maxixe, Lambada, Carimbó, entre outros. A música afro-brasileira ara altamente descriminada, sendo vista como música para marginais até o século XX, onde só então começou a ser melhor aceita pela população. Dois instrumentos clássicos usados nas músicas afro-brasileiras, são os tambores e o Berimbau.
Grupo Olodum
       Uma banda muito conhecida na Bahia é o Olodum, grupo de Salvador, capital do estado, que toca instrumentos tipicamente africanos e é conhecido tanto no Brasil como no exterior, fazendo várias participações em músicas de outros cantores, a mais famosa delas, com Michael Jackson.

Influências africanas

19:09 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 0 comentários
Castro Alves
Nelson Mandela
A personalidade africana no Brasil é intensa, principalmente com a vinda dos escravos para trabalhar nas lavouras brasileiras, essa intensidade de negros se deu mais no estado da Bahia, onde até hoje têm um traço muito forte. Indo desde a culinária ao caráter dos indivíduos que são descendentes desses africanos.
Muitos autores brasileiros escreveram sobre a cultura trazida pelos africanos, tendo como exemplo o Navio Negreiro do poeta Castro Alves, que de uma forma meio que indireta escreveu como os africanos eram trazidos para as colônias, ao que eles eram submetidos, entre outras coisas.
Há alguns anos houve a presença do apartheid (separação), onde as pessoas eram julgadas por sua origem étnica, que por mais que não tenha acontecido no Brasil, obteve
uma grande importância não só para o nosso país, mas para todos os países que tiveram essa influência africana também.  O grande modelo de resistência aos brancos desse regime foi Nelson Mandela, que foi preso por 27 anos da sua vida, e assim sendo libertado foi eleito presidente da África do Sul, e um grande exemplo de lutador pelos direitos de uma sociedade “excluída”.
OS afros-brasileiros mais famosos são: Pelé, Daiane dos Santos, Agnaldo Timóteo, Vanessa da Mata, Marcelo D2, Gilberto Gil, Tobias Barreto e Cafu.

Aleijadinho: o mestre negro do barroco brasileiro

18:58 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 0 comentários
       Antônio Francisco Lisboa, conhecido por Aleijadinho por causa dos efeitos da doença degenerativa que sofreu e o deformou sem piedade, nasceu em Ouro Preto, filho natural de Manuel Francisco Lisboa, arquiteto português, e de Izabel, uma pobre escrava africana.
       O artista passou grande parte da infancia ao lado do pai que era seu conselheiro e se preoculpava com sua educação. Com ele o tio aprendeu o ofício da carpintaria e da arquitetura em pedra. Ao observá-los trabalhando, Antônio Francisco, ia nutrindo dentro de si a admiração e o talento pela arte barroca. Aprendeu a desenhar e a pintar à mão livre com João Gomes Batista e, com José Coelho Noronha, aprendeu os segredos da escultura rococó.
       Antônio Francisco Lisboa se tornou um dos mais importantes artistas da História do Brasil. Em pleno ciclo do ouro (século XVIII), encantou a sociedade colonial com suas esculturas, pinturas e obras de arquitetura suntuosas, com detalhes em puro ouro é cheios de curvas arredondadas, formando um conjunto harmonioso.
       E como ironia do destino, o mestre nem mesmo podia freqüentar as igrejas que arquitetou, justamente por causa do preconceito racial da sociedade da época.
       Nem mesmo a feldade, o preconceito e a doença, que foi deformando-o e lhe tirando os movimentos do corpo, aos poucos, impossibilitaram o trabalho do gênio do Barroco Mineiro. Os doze profetas e a arquitetura das igrejas barrocas de Minas são considerados suas obras mais conhecidas e representativas.

Forte São Marcelo

domingo, 12 de setembro de 2010 18:16 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 0 comentários

Pecúnia Liberta e seu mucambo Fubá de Milh
       Fomos apresentados ao Forte São Marcelo por Pecúnia Liberta e pelo seu mocambo Fubá de milho. Esse forte é o único de planta circular no país e é popularmente conhecido como Forte do Mar. A ordem para construí-lo foi dada em 1650 e foi edificado sobre o banco de areia pra proteger a cidade e o porto da cidade.
       A primeira parte a ser construída é chamada de torreão central, que possuí uma forma circular, e o anel que envolve o torreão central é chamado de anel perimetral. Localizado na Baía de Todos os Santos, possui uma área construída de 2.600 m². Seu projeto original, no estilo renascentista, visava melhor resistir às correntes e marés, permitindo a realização do tiro em qualquer direção. Sua estrutura, na atualidade, é composta de cantarias de arenito até a linha d'água e o restante em alvenaria de pedra irregular.
       O forte ficou fechado durante quatro décadas, e só foi reaberto para visitação em 2006. Hoje se tornou um espaço cultural, mas antigamente funcionou como prisão. Ele esteve envolvido em muitos conflitos políticos, podendo destacar a Guerra dos Farrapos, mantendo preso o líder farroupilha Bento Gonçalves, que depois conseguiu escapar, e na Revolta Sabinada, aprisionando o seu líder, o médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, além de outros 280 revoltosos.
       Quer no período colonial, quer no republicano a importância do Forte São Marcelo sempre esteve em evidência na História do Brasil. Ele destaca-se pela beleza de sua arquitetura, contrastando com prédios luxuosos que se encontram na orla marítima de Salvador.

O início: A escravidão negra

18:14 Postado por Ayane, Fernanda, Isabela B. e Victoria 0 comentários

        A escravidão no Brasil teve início no século XVI. O objetivo era ultilizar os negros de suas colônias na África como mão-de-obra para os engenhos de açúcar, principalmente no Nordeste. Essenciais na manutenção da economia, os comerciantes vendiam-os como se fossem mercadorias, sendo que os mais jovens e saudáveis chegavam a valer o dobro do preço daqueles mais fracos ou velhos.
      Os negros viam para o Brasil amontoados nos porões dos navios negreiros. Em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao destino. Seus corpos eram jogados no mar.
      A partir do século XVIII, a escravidão estava também presente em minas de ouro e alguns até em centros urbanos. Os escravos, de qualquer forma, eram tratados da pior forma possível. Expostos ao sol, trabalhavam muito e recebiam apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Eles passavam a noite em galpões escururos, umidos e de pouca higiene, chamados de senzalas. Nas senzalas, dormiam correntados para evitar fugas e eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite e tronco eram as punições mais comuns.
      Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, além de adotar a língua portuguesa para se comunicar. Mesmo assim, não deixaram a cultura africana se apagar e escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e desenvolveram uma forma de luta chamada capoeira, que hoje, é utilizada como um tipo de dança.

Porão de um navio negreiro
       As mulheres negras eram utilizadas como mão-de-obra doméstica nas fazendas de açucar, sendo cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite.
      No século XVIII, também conhecido como o Século do Ouro no Brasil, alguns escravos conseguiam juntar alguns "trocados" e comprar a carta de alforria, adquirindo sua libertade. Porém, o preconceito da sociedade e as poucas oportunidades acabavam por fechar as portas aos ex-escravos.
      Na busca por uma vida digna, era muito comum revoltas nos engenhos em que grupos de escravos fugiam, formando comunidades bem organizadas, onde integrantes viviam em liberdade, através de uma ação comunitária, onde podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. Essas comunidades eram chamadas de quilombos. O mais famoso foi o Quilombo dos Palmares, comandado por Zumbi que foi um símbolo de resistência a escravidão.
      A partir da metade do século XIX, já no início da industrialização, a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra, que estava interessada em ampliar seu mercado consumidor no país e também no mundo. O Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen em 1845, proibindo o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam essa prática. Algumas vezes, navios negreiros que avistavam fiscalizadores se aproximando e não querendo pagar multa, acabavam por jogar os negros ao mar com as correntes, para que afundassem e não deixassem vestígios.
      Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
      Somente no final do século XIX a escravidão foi mundialmente proibida. No Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.
O tronco, uma punição que era comum aos escravos rebeldes